É fato que a COP26 foi um evento super potente na questão de acordos entre nações e pautas climáticas, entretanto será mesmo que esses compromissos serão efetivos e praticados em um futuro próximo? Confira abaixo 10 momentos marcantes sobre a COP26.
Representatividade indígena
- Txai Suruí, foi a única brasileira a discursar na abertura oficial da COP26. A líder é indígena e cursa direito na Universidade Federal de Rondônia (UNIR) e fundou um movimento de jovens chamado Movimento da Juventude Indígena de Rondônia, que já reúne mais de 1,7 mil jovens.
Acordos internacionais
- Em acordo, Brasil e mais 102 nações se comprometeram a reduzir emissões de metano em 30% até 2030. Entretanto, na contramão do sucesso desse acordo, as emissões de gás metano no rebanho bovino representaram 17% de todos os gases do efeito-estufa do país, o que necessita uma mudança de visão sobre o consumo da carne;
Projeto carvão zero
- 77 países assinaram documento pra zerar a produção de energia à base de carvão, porém Brasil, Estados Unidos e China não assinam acordo, tendo em vista suas matrizes energéticas e exploração de recursos fósseis;
Pelo fim do desmatamento
- Acordo internacional pra zerar o desmatamento em todo o mundo até 2030 ganhou a adesão de 124 países, incluindo o Brasil, que representa quase 90% das florestas mundiais. Também será destinado US$12 bilhões na conservação e restauração de florestas;
Compromisso ou blábláblá?
- O Brasil anunciou em meio a COP26 uma nova meta climática, que prevê a redução de 50% das emissões de gases de efeito estufa até 2030. O senado autorizou tornar lei meta de neutralizar emissão de carbono até 2050. Em contrapartida, o Brasil aumentou subsídios ao setor de óleo e gás, com incentivo de R$ 123,9 bilhões. Ou seja, será mesmo que esse planejamento está sendo levado a sério?
Faltou respeito
- Fundo Internacional de quase R$ 10 bilhões foi colocado a disposição pra apoiar comunidades indígenas na proteção ambiental de suas terras, nada mais necessário do que auxiliar aqueles que cuidam de 80% da biodiversidade do planeta, não é mesmo? Na contramão da valorização a cultura e costumes indígenas, o Brasil ganhou o "Fóssil da Semana" por destratar e desrespeitar os povos indígenas na COP 26.
Mergulho na realidade
- Em meio ao caos climático atual, o ministro da Justiça, Comunicação e Relações Exteriores de Tuvalu, Simon Kofe, realizou seu discurso para Conferência do Clima de dentro do mar, tendo em vista que a ilha pode desaparecer devido ao aumento do nível do oceano em virtude do aquecimento global.
Ruas lotadas pelo clima
- Segundo organizadores, mais de 200 mil pessoas se reuniram em Glasgow, local da COP26, no Dia Global pela Justiça Climática. O que é um marco recorde pra manifestações com pautas climáticas e, ao todo, foram cerca de 300 eventos em todos os continentes.
Acessibilidade na pauta
- A ministra de Energia israelense não participou da COP 26 por falta de acessibilidade, não havia acesso para cadeiras de rodas no evento. A situação repercutiu mal. Em um local onde é discutido pautas socioambientais, o mínimo seria uma infraestrutura inclusiva.
Será que é greenwashing?
- E pra finalizar, a reflexão fica por conta da Greta Thunberg, ativista socioambiental sueca que acredita que a COP26 não passa de mais um greenwashing: "Não é segredo que a COP26 é um fracasso. Deveria ser óbvio que não podemos resolver uma crise com os mesmos métodos que levaram ao início dessa crise."
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Chegamos ao fim de mais uma Conferência do Clima, novamente inúmeros acordos firmados, mas qual será o real futuro do planeta que habitamos? Nunca saberemos se a real ação na pauta climática não for efetiva. Como disse Txai Surui: " Precisamos de um caminho diferente, com mudanças globais. Não é 2030 ou 2050. É agora!"
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