Basta ligar a televisão ou acessar as suas redes sociais para entender a importância de uma lente regenerativa. Preservação de recursos naturais, uso do solo, desenvolvimento de tecnologias limpas, a cultura do consumo consciente, além de muitos outros movimentos, são aspectos fundamentais para todas as espécies continuarem usufruindo da vida na Terra, inclusive a nossa. A percepção de finitude dos recursos naturais fez a sustentabilidade ganhar maiores proporções em todos os setores.
Empresas públicas e privadas, assim como a área governamental, têm aderido a programas sustentáveis e de conscientização de seus colaboradores e clientes, além de buscarem uma forma de atuação mais justa em níveis ambientais, sociais e econômicos. A busca po “profissionais verdes”, ou profissionais de um futuro, se tornou um ponto importante na estratégia de organizações que buscam por modelos de produção ecoeficientes, visibilidade frente aos stakeholders e fortalecimento de imagem. Cada vez mais empresas estão promovendo ações de sustentabilidade em seus negócios, introduzindo as chamadas políticas de ESG, sigla em inglês para meio ambiente, social e governança corporativa.
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De fato a taxa de emprego para esse tipo de profissional está constantemente crescendo em escala global. A Alemanha responde por 2,8 milhões de profissionais verdes a uma taxa CAGR (compound annual growth rate, em português taxa composta anual de crescimento) de 1,59%. Enquanto a Itália responde por 3,1 milhões, com uma taxa CAGR crescente de 3,4%. Os dados sugerem que os países responsáveis por uma menor quantidade de trabalhadores verdes apontam uma taxa de crescimento bastante alta desses trabalhos. Esse é o caso do Reino Unido, com 185.000 trabalhadores verdes, seguido de uma taxa de crescimento de 11,64%. Já a Espanha, possui 531.000 empregos nessa área e uma taxa de crescimento de 5,85%.
O campo da sustentabilidade ganha cada vez mais aliados na medida em que o tema se torna recorrente tanto na sociedade quanto no mundo corporativo, onde profissionais qualificados ganham oportunidades, principalmente ligados à economia verde, questões ambientais e sustentabilidade. Segundo Relatório da Organização Internacional do Trabalho, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, estima que o segmento possa criar até 15 milhões de empregos na América Latina e Caribe até 2030. O número seria resultado de mudanças estruturais nos padrões de produção e consumo de energia e alimentos.
A procura por especialistas no tema tem gerado novas profissões e boas oportunidades no mercado de trabalho. Para aqueles que desejam trilhar este caminho, em muitos casos é mais importante ter um aprimoramento profissional e um perfil empreendedor para implantar e atestar práticas sustentáveis do que uma formação já direcionada especificamente para aquela área de atuação. As qualidades mais procuradas estão relacionadas com a habilidade de integrar o negócio com políticas e gestão mais sustentável. Entre elas, destacam-se:
As possibilidades de atuação também são amplas do ponto de vista do profissional. Além de trabalhar internamente em empresas que tenham a sustentabilidade como um ponto estratégico, os profissionais podem se voltar para as áreas de consultoria, certificação, recuperação, geoprocessamento e, até mesmo, extração de recursos naturais.
A sustentabilidade é um tema multidisciplinar, ou seja, todas as áreas podem contribuir e somar para uma agenda ambiental positiva e propositiva. Além de aprimorar a formação de profissionais importantes para a atividade da construção – como arquitetos, urbanistas, engenheiros, designers, projetistas, entre outros –, a sustentabilidade também é responsável por criar novas demandas de trabalho no mercado, desta forma, impulsionando o crescimento de novos campos de trabalho.
A crise econômica e social apresentada pela Covid-19 acelerou tendências como o trabalho remoto. Muitos especialistas acreditam fortemente que essas mudanças nos hábitos que adotamos (por necessidade também) farão parte da nossa vida diária, o que trará consequências também para trabalhadores da sustentabilidade. Os dados mostram um forte incremento do e-commerce, cuja taxa de crescimento para 2020 saltou de 4,4% para 18,4%. Isso significa um aumento na demanda de mercado para soluções de transporte que se adequem aos novos padrões ambientais e, consequentemente, um incremento da demanda por novas habilidades ecológicas.
Há um grande desafio para conciliar as concorrentes aspirações de desenvolvimento econômico dos países ricos e pobres em uma economia mundial que está enfrentando mudanças climáticas crescentes, insegurança energética e degradação dos ecossistemas. A iniciativa da economia verde pretende enfrentar esse desafio, reduzindo a perversa correlação entre o crescimento econômico e a liquidação dos ativos ambientais, permitindo, dessa forma, que ambos, países ricos e pobres, possam continuar crescendo e se desenvolvendo.
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.