Cortando na Carne: 5 tipos de alimentação que reduzem o consumo de carne ao seu ritmo

Cortando na Carne: 5 tipos de alimentação que reduzem o consumo de carne ao seu ritmo

Publicado em:
18/3/2022
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Ter tempo e condições de parar e pensar sobre o que se coloca no prato tem sido, cada vez mais, um privilégio no Brasil atual. Falar de comida nos exige sempre ter em mente  um passo anterior: o de que tem muita gente lidando justamente com a sua ausência, com o vazio da fome. 

Após avanços, como a saída do Mapa da Fome da FAO em 2014, a população brasileira se vê mais uma vez assombrada pela insegurança alimentar. Isso não pode ficar fora do nosso radar: de acordo com a Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA), medida na mais recente Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE 2017/2018 (POF/IBGE), quase 85 milhões de pessoas conviviam com algum nível de insegurança alimentar; entre elas, 10,3 milhões já se encontravam em situação de insegurança alimentar grave, a fome. Em 2018, nosso país voltou ao Mapa da Fome. 

Agora, se a alimentação é uma segurança dentro da sua rotina, como o que você serve no seu prato reverbera em todo o ecossistema? A sua dieta tem refletido regeneração, sustentabilidade e saúde? É só falar sobre o consumo de carne que as defesas sobem, mas, calma - estamos aqui para bater um papo tranquilo. Aceita sentar à mesa com a gente? 

Quando o assunto são as mudanças climáticas, as alternativas para transformar positivamente esse cenário passam pela redução do consumo de carne. Os dados não deixam por menos, já que a cada R$ 1 milhão de lucro obtido com a pecuária gera R$ 22 milhões em prejuízos ambientais (CEBDS). Só por aqui que essa conta parece não fechar? 

Repensar o consumo de carne não significa que você deva parar de comê-la de uma vez só. Existem ao menos 5 tipos de alimentação que contribuem para sua redução no dia a dia e, consequentemente, contribuem para a diminuição do impacto ambiental embutido nessa produção. A gente explica um a um para você na sequência. Desça para conferir, quem sabe você não encontra um que seja ideal para o seu ritmo de jornada

Flexitarianismo: 

Buscando pelo caminho do meio? Então esse daqui foi feito para você.

O flexitarianismo, como o nome indica, prioriza uma alimentação que seja flexível, sem restrições, muito menos dependências. Aqui, nenhum grupo alimentar é proibido, mas o ponto-chave são os vegetais na base da dieta. O resultado? Redução no consumo de carne e demais derivados de origem animal.  

De acordo com o Rise Of Plant Based Eating and Alternative Proteins Understanding Flexitarians and Growth Trends (2021), relatório global feito pelo Euromonitor International, o flexitarianismo é uma tendência global em crescimento. Pelo menos 23% dos consumidores no mundo estão tentando limitar a ingestão de carne. Se por um lado ela ganha adeptos por razões de saúde e preparo físico, é inegável sua contribuição para a sustentabilidade. Afinal, reduzir o consumo de carne faz a diferença e cada refeição conta. 

Vegetarianismos: 

O termo “vegetariano” ganhou popularidade enquanto sinônimo para aquelas e aqueles que já estão cortando na carne e eliminando esse item do seu prato - e isso inclui presunto, salsicha, peixe e tudo mais que também é carne, mesmo que não do tipo vermelha. 

Se engana quem pensa que esse grupo não desperta interesse. De acordo com a pesquisa Datafolha de 2017, 63% dos brasileiros gostariam de reduzir o consumo de carne, enquanto 14% já se declaram vegetarianos, como aponta a pesquisa Ipsos de 2019. Mas é bem importante resgatar a força plural do termo: dentro da linha do vegetarianismo estão os outros quatro tipos de dieta que deixam a carne de lado. A gente mostra pra você: 

- Ovolactovegetarianismo: 

Dieta em que as carnes estão fora do cardápio, mas ovos, leites e laticínios seguem liberados para o consumo. Um passo e tanto, não? 

Ovovegetarianismo e Lactovegetarianismo: 

O yin-yang do tipo anterior. Cada um deles carrega no nome o que segue em sua alimentação, mas já disseram não à carne. No ovovegetarianismo, o ovo tá liberado, enquanto  leite e demais laticínios já foram riscado. Já no caso do lactovegetarianismo, leites e laticínios estão dentro e são os ovos que caem fora. 

Vegetarianismo estrito ou Veganismo Alimentar: 

Muita gente ainda não sabe, mas, sim, o vegetarianismo estrito é a dieta comumente chamada de “vegana". Aqui não há espaço para o sofrimento animal. A premissa é manter apenas os vegetais, os legumes e as frutas enquanto fontes de alimentação, o famoso plant based. Isso não significa que a pessoa só possa consumi-los in natura - dá pra cozinhar de forma plena. Além disso, você sabia que nós temos um e-book cheinho de receitas veganas? Para baixá-lo, basta acessar aqui.

Mas qual a diferença? Bom, o vegetarianismo é um regime alimentar, enquanto o veganismo está para além da esfera da alimentação, apesar desse ser seu pilar mais conhecido. Para alguns, ele é um posicionamento político, para outros, um estilo de vida. Acima de tudo, o veganismo é um movimento que tem como principal pauta a libertação animal a partir da defesa do direito à vida com dignidade para esses seres. 

A jornada alimentar começa no despertar, passa pela transição e se realiza na transformação. Qualquer uma dessas fases fica melhor ao lado de mais pessoas, e estamos aqui para isso. Vem aí “Cortando na Carne”, a nova websérie da Menos 1 Lixo, em parceria com Sociedade Vegetariana Brasileira e Instituto Akatu. A estreia do primeiro, de um total de quatro episódios, acontece no próximo dia 20 lá no nosso IGTV! Vamos juntes? 

Brenda Vidal
Por:
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Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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