Máscaras e o descarte correto

Máscaras e o descarte correto

Publicado em:
19/1/2021
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Máscaras, máscaras, máscaras. Onde será que elas vão parar? A estimativa é que descartamos quase 130 bilhões de máscaras por mês. Mas e aí, tem descarte correto?

A gente tá em pandemia global há quase um ano e foram muitos altos e baixos desde que o mundo entrou em quarentena. Vimos várias notícias emocionantes, como a recuperação de territórios por alguns animais e a natureza respirando sem seres humanos, nem que sejam por alguns dias. Mas o outro lado da moeda é dolorido: estamos descartando máscaras, luvas e consumindo muitas sacolinhas plásticas e delivery. E, veja bem, a proteção é prioridade, tá? Mas será que não tem uma forma melhor de cuidarmos da gente e do mundo?

Do que são feitas as máscaras?

A maioria das máscaras descartáveis são feitas de TNT, um polímero que imita tecido. Sintético, claro. Em junho, só a cidade de Paris importou 2 bilhões de máscaras descartáveis com recomendação de descarte depois de 2 horas de uso. Pra além do simples descarte, a OMS recomenda uma maneira segura, que envolve o uso de muitos plastiquinhos. E, veja bem, é super importante seguir à risca esses passos, tá? Estamos aqui propondo uma reflexão maior: será que todes que não somos da área médica, não podemos substituir as máscaras descartáveis pelas reutilizáveis?

Lixo hospitalar

As máscaras descartáveis são lixo hospitalar, ou seja, têm um procedimento específico de descarte. Esse tipo de resíduo geralmente passa por um processo de desinfecção e então é separado pra reciclagem ou é incinerado. O problema é que esse lixo contaminado tá na nossa casa e a população não tem, por exemplo, pontos de coleta disponíveis pra que seja um resíduo com destinação correta e hospitalar. Lembrando, sempre, que quase metade dos municípios brasileiros ainda descarta seu lixo em lixões. Ou seja, expõe ainda mais a população que mora nos arredores desses espaços contaminados.

O PNUMA afirmou que as potenciais consequências do descarte das máscaras inadequado incluem riscos para a saúde pública. Além disso, a queima a céu aberto ou incineração descontrolada de máscaras, resultam na liberação de toxinas no meio ambiente e secundárias transmissão de doenças ao homem. A gente se esquece, mas o planeta é um só e toda consequência é sistêmica, ou seja, afeta muito mais do que a gente imagina.

imagem do Pinterest

Foca na reutilizável, bebê!

Aqui no Brasil a gente viu uma movimentação linda de costureiras e coletivos produzindo, distribuindo e vendendo máscaras de pano, por exemplo. Também dá pra fazer em casa, reutilizando tecidos que você tem por aí - e não faltam tutoriais bacanas pela internet.

E independente da máscara que você usar, é importante ter um cuidado redobrado com todas elas. É muito comum ir a lugares públicos com máscaras pelo chão. É claro que esse já é um problema antigo, porque lixo nas ruas é figurinha repetida, né? Mas esse resíduo é especialmente perigoso e a gente precisa praticar autorresponsabilidade. 

Segundo as Nações Unidas, 75% das máscaras usadas e também quaisquer outros resíduos relacionados à pandemia - como luvas, por exemplo - vão parar em aterros sanitários ou nos oceanos.


Além dos óbvios problemas ambientais, o prejuízo financeiro, em áreas como turismo e pesca, é estimado em cerca de 40 bilhões de dólares. De novo, o impacto é sistêmico.

A reflexão que fica é: se você não é da área médica, por que usar descartável? Não faltam informações e tutoriais pra fazer sua própria máscara de pano ou você pode simplesmente comprar de cooperativas e costureiras. É uma excelente oportunidade de agir em comunidade. A reutilização sempre vai ganhar esse jogo, né? Aliás, se você precisa sair de casa, sempre é bom levar uma máscara de pano reserva pra se acontecer alguma coisa com a sua ou você precisar trocar, não precisa comprar uma descartável. 

E, claro, faz parte da ação pensar no coletivo, garantir que as máscaras descartáveis fiquem disponíveis pra quem precisa, como médicos, enfermeiros, etc. A pandemia trouxe pra luz a nossa civilidade e a gente espera que seja uma oportunidade pra sermos soluções e reflexão. Topa esse desafio?


Menos 1 Lixo
Por:
meio
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Sobre o movimento

Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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