Pesca Fantasma

Pesca Fantasma

Publicado em:
26/7/2018
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No quarto episódio da websérie Mares Limpos, a Fe Cortez chama atenção para um assunto muito sério quando o assunto são os plásticos nos oceanos: a pesca fantasma. Ela é realizada por redes, linhas e armações de pesca perdidas, abandonadas ou descartadas no mar. São materiais feitos de plástico, que se dissolvem em microplásticos e demoram centenas de anos para sumirem na natureza. Hoje, entre 5 e 30% das espécies de animais marinhos estão perdendo população por causa da pesca fantasma. São 640 mil toneladas de materiais de pesca deixados nos oceanos anualmente prejudicando muito o ecossistema marinho. 10% de todo lixo marinho são materiais de pesca abandonados. Dá uma olhada pra entender o tamanho do problema

 

A Fe Cortez contou que as vaquitas, uma espécie da família dos golfinhos que só existe no Golfo da Califórnia já são muito raros: hoje só existem 12 deles. Elas são vítimas da pesca predatória e falamos com a Helena Pavanese, Diretora Executiva do World Animal Protection.

A ONG, dedicada  à preservação e proteção dos animais e do planeta, fez um pedido em julho desse ano, para que os países membros da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) assinem um compromisso de que até 2025 todas as redes de pesca estejam identificadas. O objetivo é fiscalizar e punir as empresas responsáveis pelos equipamentos.

Foto por Harrison Kennedy

Segundo a World Animal Protection, 80% da morte das tartarugas marinhas brasileiras tem como causa a pesca fantasma. E a morte é lenta e dolorosa, porque mata o bichinho por fome ou sufocamento. A ONG divulgou um relatório sobre o problema que conta que mais de 817 espécies marinhas são diretamente afetadas pelo lixo nos oceanos e 45% de todos os mamíferos marinhos da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas (ou seja, com recomendação de que não sejam alimento), foram impactados com os equipamentos perdidos ou abandonados no mar. 

A pesca ilegal contribui pro esgotamento de peixes pra alimentação, pra destruição dos habitats marinhos, enfraquece as comunidades costeiras e diminui a capacidade de competição dos pescadores honestos. Em maio desse ano, mergulhadores encontraram uma rede de pesca abandonada de quase 100 metros de comprimento com dezenas de animais mortos na costa de Itanhaém, em Santos.

Foto de Bob Talbot

Quer saber como podemos ajudar enquanto cidadãos? Saiba o que consumir e evite todos os peixes da lista vermelha, ou seja, peixes que estão seriamente ameaçados de extinção. O ICMBio fez um documento bem completo sobre o assunto. E se informe! A informação é a ferramenta mais importante na hora de combater atrocidades como essa. Acompanhe o trabalho da World Animal Protection, uma das principais instituições que lutam contra a pesca fantasma e fique ligado nos episódios da websérie Mares Limpos.

[EDIT]

A Proteção Animal Mundial lançou a campanha Sea Change em 2014, pra conscientizar a galera desse problema e encontrar soluções pra pesca fantasma. E em 2015, eles criaram a Iniciativa Global do Combate à Pesca Fantasma, que hoje já tem quase 100 organizações participantes.


A ideia é melhorar a saúde dos ecossistemas marinhos, em um debate harmônico entre governo, empresas pesqueiras, varejistas e sociedade civil. Pra ler o relatório e conhecer a iniciativa, clica aqui.

Menos 1 Lixo
Por:
meio
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Sobre o movimento

Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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