Quando o papo é Amazônia, infelizmente a pauta rotineira inclui queimadas, desmatamento, violência e pessimismo. Mas não é só disso que a Amazônia é feita, viu? Vamos mudar a lente pra uma mais otimista e falar sobre a potência dessa floresta?
Cerca de 25,5 milhões de pessoas vivem na região da Amazônia. São populações ribeirinhas, populações tradicionais, povos indígenas, quilombolas e agricultores familiares que protegem a floresta enquanto permitem que o Brasil (e o mundo!) conheça os produtos incríveis que só a biodiversidade amazônica pode proporcionar.
O potencial econômico da Amazônia é tanto que já rolaram alguns estudos tentando calcular quanto ela rende ao Brasil e ao mundo: segundo um deles, são cerca de R$ 7,67 trilhões por ano em valor bruto.
Tá, mas o que isso quer dizer na prática? Quer dizer que a resposta não é derrubar árvore pra plantar monocultura ou criar gado. Já existem estudos que comprovam que a sustentabilidade é mais rentável do que o mercado das commodities. O açaí, por exemplo, pode render US$ 1,5 mil por cada hectare manejado, enquanto a soja rende US$ 200 por hectare.
Só que pra essa abundância e riqueza beneficiar todos os envolvidos, "não tem como manter a floresta de pé sem gerar renda para a população local", como diz Mariano Cenamo, do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).
É aí que entram em cena os povos da Amazônia, colocando seus saberes ancestrais e sua relação com a floresta pra jogo. Essa é a tal da bioeconomia, que tem como premissa produzir sem esquecer da conservação dos recursos da floresta e da inclusão, sempre ética, dos povos que vivem dela.
Os exemplos de sucesso não são poucos, e a gente trouxe alguns pra você:
Ufa! E esses são só alguns exemplos. Tem muuuito mais coisa rolando na Amazônia, e a boa é entender que tudo isso tá diretamente conectado com o resto do Brasil. A floresta de pé é vital pra humanidade, por isso, fomentar esse sistema também é importante.
Você pode ajudar a economia da floresta de pé sem sair da sua cidade consumindo produtos extraídos e feitos de forma ética, pensando e em toda a cadeia produtiva. Opções não faltam, viu? O Origens Brasil, por exemplo, é uma iniciativa que conecta empresas a cadeias produtivas sustentáveis em áreas de conservação na Amazônia. Os produtos dessa parceria têm garantia de origem, transparência e rastreabilidade da cadeia produtiva.
Agora você já sabe e tem números pra provar: a floresta vale muito mais de pé do que derrubada.
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.