O planeta já chegou ao seu limite e o que estamos fazendo para impedir a catástrofe climática?

O planeta já chegou ao seu limite e o que estamos fazendo para impedir a catástrofe climática?

Publicado em:
28/7/2022
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A humanidade vive uma relação desequilibrada com o planeta, a prova disso é que nós atingiremos nessa quinta-feira (28/7) o dia da sobrecarga da Terra. Se você não conhece ou nunca ouviu falar sobre, então deixa eu te explicar o que é isso.

O dia de sobrecarga da Terra marca a data em que a humanidade esgota a sua demanda por recursos ecológicos renováveis, entrando num déficit ambiental com o planeta, já que começaremos a gastar os recursos naturais que deveriam ser utilizados somente a partir do próximo ano.

Segundo o estudo da Global Footprint Network (GFN), a biocapacidade do planeta é estimada em 1,5 hectare global por pessoa no ano, enquanto a nossa pegada ecológica individual é de 2,7 hectares nesse mesmo período. 60% desse déficit é ocasionado por conta das nossas emissões de carbono na atmosfera.

Na prática, é como se estivéssemos solicitando um “empréstimo” ao planeta para continuarmos explorando os seus recursos ambientais. Porém, o ponto crítico é que a conta desse empréstimo está ficando mais alta e a dívida já está sendo cobrada.

Essa cobrança vem com os diversos efeitos das mudanças climáticas, fenômenos cada vez mais evidentes e que podem ser percebidos nos eventos meteorológicos extremos que têm se tornado frequentes nos últimos tempos.

Um exemplo disso pode ser visto agora mesmo na Europa, onde os países estão sofrendo com o calor intenso do verão. Somente na última semana, o Reino Unido registrou a mais alta temperatura de sua história (40,2º C), ao mesmo tempo em que o forte calor já causou a morte de mais de mil pessoas na Espanha e em Portugal, além de incêndios em florestas e áreas rurais de todo o continente.

Mas se você acha que essa é uma realidade distante do Brasil, saiba que isso não é bem uma verdade. Basta olhar para o Pantanal, que vive uma forte seca em seu território e com alto risco de novos incêndios. Dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) mostram que, nos últimos 20 anos, a probabilidade da ocorrência de novos incêndios na região cresceu de 1,2% para 11%, um número quase 10 vezes maior. 

Os grandes centros urbanos também são impactados por essas mudanças. Basta nos lembrarmos das fortes chuvas no início do ano, como as da Bahia, que resultaram na morte de mais de 25 pessoas e de outras 300 mil desabrigadas, ou dos desmoronamentos de terra e enchentes em Petrópolis, que ocasionaram a morte de 238 pessoas.

O desequilíbrio que vivemos hoje é gerado pela forma como extraímos as matérias primas da natureza e pela queima intensa de combustíveis fósseis, o que resulta numa condição de esgotamento dos nossos recursos naturais, quando na verdade deveria ser de recuperação.

Eu sei, listando todas essas informações parece que vivemos uma situação desesperadora e irreversível, mas ainda temos tempo para agir e mudar essa condição. Para tanto, nós contamos com soluções para controlar, reduzir e mitigar os efeitos dessas mudanças climáticas. Uma destas soluções que consideramos de grande importância são as nossas florestas.

São elas quem nos oferecem a capacidade de reverter esse cenário, já que esses ecossistemas atuam como a ferramenta natural e mais efetiva para reduzir e absorver os gases causadores do efeito estufa de nossa atmosfera.

Por isso, investir nas florestas é investir no futuro do planeta. É importante conservar e regenerar esses ecossistemas, pois assim não só impedimos que novos gases sejam emitidos na atmosfera, como também absorvemos o carbono já presente no ar.

Com a redução das emissões desses gases nós conquistaremos um controle maior dos efeitos climáticos, mantendo a temperatura do planeta em estabilidade e reduzindo a incidência dos fenômenos meteorológicos extremos.

Para isso, nós temos importantes instrumentos que viabilizam essa mudança. O crédito de carbono é um deles e atua como um ativo financeiro capaz de diminuir os efeitos adversos das mudanças climáticas por meio da preservação e regeneração das nossas florestas.

Espero que a soma deste conteúdo, do dia da sobrecarga da Terra e dos efeitos climáticos das últimas semanas despertem em você o senso de urgência ambiental e climática para a proteção do nosso planeta. 

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Nicholas Phillips, CEO da Reflora Initiative
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