Muso verde da semana | Oskar Metsavaht

Porque a São Paulo Fashion Week acabou há pouco e o desfile da Osklen foi, como sempre, maravilhoso, hoje nosso muso verde é Oskar Metsavaht. Oskar nasceu em 1961, em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, e além de ter criado a Osklen, é famoso também por seu engajamento pelo meio ambiente. Ativista, faz severas críticas a empresas e ações que não são sustentáveis. 

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Ele é fundador do instituto E, uma iniciativa que busca transformar conceitos em atitudes, "canalizar a energia da sociedade e direcioná-la para a defesa da nossa biodiversidade". O que, na prática, significa  um monte de projeto legal que, sim, faz diferença. O "e" simboliza os seis "e" necessários a uma vida melhor, em inglês: earth, environment, energy, education, empowerment e economics (Terra, meio ambiente, energia, educação, empoderamento e economia).

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  Um dos seus discursos mais marcantes e polêmicos foi no Terceiro Fórum de Sustentabilidade do Amazonas, onde criticou severamente projetos tidos como sustentáveis mas que não geram benefício algum ao meio ambiente e a comunidades. Oskar também lamentou a ausência de iniciativas que tornem a Amazônia uma marca positiva e de valor no mercado. Mas o instituto não se limita à floresta, não; ele atua aqui, pertinho da gente, preservando a vegetação da praia de Ipanema, por exemplo.

Muitos projetos, claro, envolvem a moda: o uso de látex e algodão orgânico; a aplicação de pele de pirarucu descartada que virou um ícone da Osklen, a pesquisa por tecidos sustentáveis e por aí vai. Até foi lançado o projeto Traces, que calcula a pegada de carbono do setor têxtil e você vê aqui o estudo. Nesse último desfile na São Paulo Fashion Week, Oskar se inspirou na tribo de índios Ashaninka, do Acre. Foi lindo. “Eles falam muito de coletivo, de que juntos são um indivíduo só, é muito bonito”, disse ele sobre o povo indígena. Maior inspiração, impossível.