MIG Jeans: quando a peça esquecida no fundo do armário, vira a sua primeira opção

MIG Jeans: quando a peça esquecida no fundo do armário, vira a sua primeira opção

Publicado em:
11/1/2016
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Após uma das palestras do Menos 1 Lixo - que são ministradas pela Fe Cortez, fomos mais uma vez parabenizados pelo nosso Movimento. Como coisas boas criam rede, as felicitações vieram também de uma galera que resolveu empreender e agir pensando de forma coletiva, no meio ambiente. Vale lembrar que, conforme já dito aqui, estudos apontam que são gastos mais de 11.000 litros d’água para fazer uma única peça jeans, sabendo disso, achamos mais que necessário compartilhar o trabalho da MIG Jeans. A MIG – carinhosamente chamada por suas idealizadoras, surgiu na sala de aula. Era o projeto final da disciplina de empreendedorismo do curso técnico de produção de moda, e então da paixão por roupas vintage e customização, veio a ideia das empreendedoras e amigas Isa Maria Rodrigues, Luana Depp e Mayra Sallie.

“Começamos com peças vintage em geral, mas resolvemos focar em o que temos mais experiência e que poderia ser nosso diferencial no mercado, o jeans, material que permeia entre décadas, gerações, estilos, idade e classes sociais, tem grande duração e versatilidade, além de ser facilmente encontrado com manchas, rasgos, entre outros, em brechós e no armário das pessoas”, conta Isa Maria, que cuida de toda a produção junto com as amigas. “Nós garimpamos jeans em final de vida útil e fazemos o re-design, cada peça tem uma época, um tom e um acabamento, precisam de tratamento e customizações diferenciadas. Elas contam histórias e são únicas”, acrescenta Isa.

Após um convite para realizar uma oficina de customização em um evento, perceberam que tais ações poderiam virar a identidade da marca, então hoje funciona assim: as pessoas compram, e se enjoarem, podem voltar e criar algo novo com a MIG. As peças esquecidas no armário, também podem seguir para uma nova produção. Além da customização, doando peças antigas você pode ganhar descontos nas coleções. Foi assim que a MIG descobriu o poder de conscientizar as pessoas sobre o seu propósito: despertar a necessidade da sustentabilidade na moda e abrir mentes sobre uma nova realidade de produção e consumo consciente.

As coleções são lançadas de acordo com as inspirações, criações fora das tendências e mais focado na realidade do público. Por isso estão sempre abertas a encomendas e customizações feitas pelos clientes em suas oficinas. A produção é artesanal, a partir de doações e garimpos de peças jeans e tecidos em geral de brechós da localidade onde produzem, assim como o transportador e o fornecedor de aviamentos e produtos químicos. As meninas acreditam que lidando diretamente com empreendedores do bairro, estabelecem um relacionamento mais humano e ajudam a crescer a economia local. Alguém tem dúvidas disso? <3 Também por isso elas procuram parcerias com pequenas marcas e empreendimentos com razão sustentável, a fim de aumentar o mercado e abrir oportunidade de negócios para mais pessoas.

Toda a produção é feita pelas três, e o fato de ser uma marca pequena (com um GRANDE propósito), segundo Isa, facilita o controle sobre os métodos produtivos. Desde o uso de materiais recicláveis e renováveis em parte da produção, ao reaproveitamento de cabides vintage e embalagens para envio de peças. Além da prática de descarte zero que consiste em reutilizar cada retalho de jeans e também a água das lavagens para a limpeza do espaço. Para quem quiser conhecer de perto esse trabalho maravilhoso, o ateliê reside em Vaz Lobo, zona norte do Rio de Janeiro, apenas para produção. É de forma itinerante, que a MIG Jeans está pelos eventos da cidade, como na  Babilônia Feira HypeCarioquíssimaMixtape, entre outras. Boa notícia: em breve terão o próprio e-commerce com suas peças exclusivas.

“A MIG jeans também mudou nossas vidas! Hoje somos mais humanas e conscientes de nossos atos, praticamente ativistas na área! Não somos um projeto perfeito, estamos iniciando e temos nossos limites e aperfeiçoamentos necessários, mas sempre pensando em criar um produto mais sustentável e humano”, complementa Isa.

É isso que o consumo consciente faz com a gente: ele nos transforma, vemos que é possível e aí vem aquela vontadezinha de transformar o mundo!

Talita Gamboa
Por:
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Sobre o movimento

Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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