Cultura I Bienal carioca: Histórias pra além dos livros

Cultura I Bienal carioca: Histórias pra além dos livros

Publicado em:
3/9/2015
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Com exposições, contação de histórias e muito bate-papo com autores como Jesse Andarilho - ex-morador da favela do Antares e autor do livro "Fiel", escrito na tela de um celular no caminho diário de casa para o trabalho, começou no Rio a 17ª edição da bienal internacional do livro. A maior feira literária do país acontece no Riocentro, entre os dias 3 e 13 de setembro.

Todo bom amante da literatura não quer apenas ler, quer também, compartilhar e maximizar o conhecimento. É por isso que emprestamos, indicamos, damos e trocamos livros. Pera aí, você não faz isso? Desapega. Além de não esquecer o livro empoeirado na prateleira, você consegue ver o que uma mesma leitura pode causar em pessoas distintas, com diferentes experiências sociais, espaciais, amorosas, vitais. “A vida de Fiel não é fácil. Quando a chapa esquenta, é ele quem segura o rojão e fica no olho do furacão, pois o patrão está longe. O livro retrata fielmente a realidade vivida em muitas favelas do Brasil.  A escrita é interna, vinda de um cara que viveu ali, bem de perto, e só não se afundou na criminalidade porque foi resgatado pela arte” – MV Bill, rapper e escritor sobre o livro de Jesse. E você, o que diria? Cétila Itas resolveu não apenas dizer. A baiana e estudante de Ciências Sociais, desenvolveu o projeto Próxima Parada, que basicamente, distribui livros para moradores de rua. Essa é a forma dela de incentivar a leitura e a escrita dessas pessoas. “A população de rua sofre muitos estigmas e preconceitos. No projeto, nós temos diversos livros, mas o valor dele não é financeiro, então você não precisa pagar em dinheiro, mas sim compartilhar o que você está sentindo. E a gente leva a máquina de escrever, e, se a pessoa quiser, ela escreve. A gente troca livros por emoções” – Cétila.

Projetos como esse já acontecem em Minas Gerais, São Paulo e em muitas outras regiões. Tem gente fazendo até “bicicloteca” – biblioteca itinerante que leva a biblioteca na casa das pessoas. Mais uma vez o coletivo sai na frente do individual, consumir de forma consciente também é contribuir com o outro. Mais troca entre pessoas, menos produção nas fábricas. Quando um autor escreve um livro, ele compartilha com o leitor suas emoções, experiências, tempo dedicado, nada mais justo que passar isso pra frente. Então já sabe: vai à feira? Comprou livro? Compartilha. Desocupe espaço e preencha sensações.

Talita Gamboa
Por:
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