Crise climática em 2022: aquecimento na temperatura e frieza na economia

Crise climática em 2022: aquecimento na temperatura e frieza na economia

Publicado em:
30/4/2023
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A crise climática já não é mais uma novidade para quase ninguém - e estou tirando dessa conta os negacionistas do clima, ok? - mas quando falamos sobre mudanças no clima, tantas coisas do dia a dia de todo mundo são atravessadas que se faz necessário bater nessa mesma tecla. Em setembro desse ano, a Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, revelou que a falta de ação para lidar com questões ambientais pode ter grande impacto na economia muito em breve, trazendo problemas sérios para as cadeias de produção e retirando recursos dos investimentos necessários para lidar com a crise climática.

Fundamental reafirmar que existe uma população mais vulnerável - e é predominante no mundo - que já sofre uma emergência. Em novembro, o chefe do UNDP (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em português) alertou que mais de 50 países em desenvolvimento mais pobres correm sérios riscos de quebrar caso não recebam assistência urgente. O discurso de Achim Steiner aconteceu na COP27. Em um outro bloco, do mesmo evento no Egito, finalmente foi anunciada a criação de um fundo global para apoiar comunidades mais impactadas por eventos climáticos extremos.

Ficam as perguntas: o recurso é suficiente? Quais serão os critérios para seu uso? Se calamidades já se apresentam em alguns países, quando esse recurso será distribuído?

Para se ter uma ideia de como desastres ambientais e a negligência dos países podem afetar a economia, o Institutional Investors Group on Climate Change (IIGCC) lançou nos últimos meses um documento cobrando dos governos a execução de políticas climáticas mais consistentes e ambiciosas. Assinada por mais de 500 investidores, a Declaração Global de Investidores pede planos obrigatórios de transição climática e a regulamentação das empresas. Ao todo, os signatários representam US $39 trilhões em ativos para alavancar as ações governamentais.

A verdade é que os países vão precisar se desdobrar para alcançarem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (#ODS) em tempo plausível. Uma das metas estabelecidas para até 2030 é garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos. Infelizmente, o cenário ainda não é dos mais otimistas. De 2010 a 2020, o número de pessoas sem eletricidade caiu de 1,2 bilhões para 733 milhões. Já de 2020 a 2030, a previsão é que esse número caia pouco mais de 50 milhões. A significativa desaceleração no processo, claro, impactou a economia. Os fluxos financeiros internacionais para países em desenvolvimento para energias renováveis caíram pelo segundo ano consecutivo. De 2017 para 2019, mais de US $13 bilhões deixaram de ser investidos.

De acordo com relatórios do IPCC, estima-se que as atividades humanas sejam a causa do aumento de 1,0°C de aquecimento global. Ainda de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) , é provável que esse número cresça a partir de 2030, atingindo 1,5°C. Estamos vivendo a década decisiva para o nosso presente e futuro no planeta. É agora que precisamos estabilizar a temperatura do planeta para minimizar os efeitos já danosos das mudanças climáticas.

“Mas ainda há tempo?”

Sim, mas para isso precisamos dar um grande salto, que começa em você, indivíduo, mas precisa se escalar no coletivo. Que tal usar a sua voz para disseminar informações, encorajando todos a sua volta a reduzirem suas pegadas de carbono? Outra ação individual potente é pressionar o poder público, em todas as esferas, a assumirem compromissos que promovam a vida, seja criando leis e adotando práticas regenerativas. E o seu consumo? Está levando em consideração o impacto quando se escolhe um produto, do pré ao pós consumo?

Um novo ciclo se aproxima, e é chegada a hora de transformarmos nossas ideias em ações concretas, da nossa atitude individual, passando pela empresa que trabalhamos, até as decisões políticas.

Ou a regeneração acontece agora, ou não será.

E você? Escolhe ser parte ou viver à parte da mudança?

Wagner Andrade, Menos 1 Lixo
Por:
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Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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