Nós já conversamos por aqui sobre os motivos de tanta gente passar fome no mundo. Não falta comida, mas falta logística de distribuição de alimentos e, claro, humanidade. O relatório anual de segurança alimentar da ONU apontou que de 2016 para 2017, mais 15 milhões de pessoas estão no grupo de desnutrição ou da fome mundial.
São 820,8 milhões pelo mundo, ou 10,9% da população mundial.
Há 10 anos, essa porcentagem era de 12% e, até 2015, esse número diminuía ano a ano. Há 2 anos, no entanto, que essa expectativa se rompeu e os números de desnutridos apresentam um crescimento considerável: um salto de 784,4 milhões de pessoas em 2015 para 820,2 milhões no ano passado.
Já pensou nas mudanças climáticas?
Não é novidade pra ninguém que estamos impactando o planeta de maneiras nunca dantes navegadas. Em 2015, a NASA divulgou ser o ano com maior aumento de emissão de dióxido de carbono e também (e não por acaso), foi o ano mais quente desde que se começou a registrar a temperatura, em 1880.
E mesmo que ainda muita gente ache besteira, são claras as evidências sobre efeitos dessas mudanças todas no clima, especialmente nas secas e tempestades fora de hora. E isso impacta diretamente o que a gente planta, já que a a agricultura é extremamente sensível às mudanças de temperatura. A natureza é sábia e se autorregula com tranquilidade. O problema é quando a gente contribui para o desequilíbrio dela a um ponto que ela fica doidinha, doidinha… e pode não se regenerar tão facilmente.
E a escassez da água? A indústria da carne, por exemplo, é uma das que mais consome esse recurso, garantindo que mais de 20% seja destinado pra essa produção. A falta de água vai além também do nosso consumo, já que a seca desequilibra bastante a nossa oferta e as reservas e rios não conseguem dar conta do recado. Há alguns estamos estamos passando esse problema nas grandes cidades, né?
Bom, vamos parecer repetitivos, mas é fundamental revisitar o nosso desperdício dentro de casa, consumir os alimentos de forma integral e investir cada vez mais em orgânicos e nos pequenos produtores, que sem dúvida são os que mais sofrem com essas mudanças todas.
Em um âmbito macro, é importante a atenção às políticas para a redução dos gases de efeito estufa, da valorização do meio ambiente, das florestas, da agricultura… comer é um ato político e diário e precisamos lutar pela segurança alimentar e por um planeta mais justo pra todo mundo.
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.