A Inteligência Artificial pode mudar a sua vida, e sua escolha é: pra melhor ou pior?

Que a inteligência artificial (IA) está transformando rapidamente o mundo corporativo , revolucionando com novos modelos de trabalho e consequentemente impactando nas relações humanas, todo mundo está sabendo. Mas você já parou pra pensar em como se adaptar diante deste fenômeno?

Cabe começar esse artigo reforçando que a tecnologia é uma ferramenta poderosa que pode sim, ser usada para melhorar a vida das pessoas e do planeta em que vivemos. Quando a tecnologia é desenvolvida como uma visão, digamos, “humanocêntrica”,  ela pode ajudar a resolver muitos dos desafios que enfrentamos atualmente, como a desigualdade social, a saúde pública e até mesmo as crises climáticas. Como? Eu te conto! Fornecendo soluções para problemas socioambientais, como a falta de acesso à água limpa, energia renovável e sistemas de transportes mais eficientes e sustentáveis. A tecnologia também pode ajudar a melhorar a educação, a saúde e a comunicação em todo o mundo, criando diversas oportunidades para o desenvolvimento humano. Você concorda?

Algo que reverberou muito em mim, nos últimos dias, foi uma fala da minha esposa e idealizadora da Menos1Lixo. Fe Cortez brilhantemente compartilhou que com o avanço da tecnologia, a grande habilidade que vamos precisar ter nos próximos anos, enquanto seres humanos, é fazer perguntas. As perguntas certas que podem nos levar às ações que precisamos seguir para regenerar o planeta, porque sim, é possível. Eu não poderia concordar mais. Inclusive, trouxe um exemplo na semana passada. A Startup AMA | Agentes do Meio Ambiente foi vencedora do #SXSW Pitch, competição anual que acontece durante o SXSW - South by Southwest. A plataforma venceu na categoria “Melhor Empresa Bootstrap”, direcionada para negócios que ainda não receberam nenhum investimento. Se quiser saber mais dessa inovação, confere o post que fiz.

Existem muitas tecnologias que estão sendo desenvolvidas e aplicadas atualmente no setor Agro, Health e outras áreas tech, que utilizam a Inteligência Artificial (AI). A Agricultura de Precisão, por exemplo, utiliza sensores, drones e outras tecnologias para coletar dados em tempo real sobre as condições do solo e das plantas, permitindo que os agricultores tomem decisões mais apuradas sobre fertilização e controle de pragas. Nesse caso, a IA pode ser treinada para reconhecer padrões de doenças e pragas que afetam as plantações, e assim, reduzir ou quem sabe - preferencialmente - acabar de vez com os agrotóxicos. Cabe dizer que o Brasil nunca teve tantos agrotóxicos liberados como hoje. Nos últimos quatro anos, foram mais de 2.182 novos registros. Tá achando tudo isso distante da realidade? Respira que lá vem outro exemplo de tirar o fôlego: Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um sensor eletroquímico de papel kraft capaz de detectar em tempo real a presença de agrotóxicos em frutas e verduras.

Outra área da vida humana que a IA está se desenvolvendo com muita velocidade é a da saúde. Aqui cabe um ponto de atenção, pois assim como ocorre na dimensão do conteúdo e comunicação, em que o nosso mundo tende a ficar cada vez mais restrito por sermos impactados apenas pelo que queremos ver e ouvir; na saúde, algumas atribuições que estão sendo dadas a tecnologia estão a serviço de quem? A mercantilização da vida - e da saúde - é algo que me incomoda, pois ela vem ampliando o abismo social e acesso a saúde pública de qualidade. Mas quando vemos inovações como próteses robóticas, prontuários eletrônicos, diagnósticos preditivos emitidos por robôs e cirurgias robóticas, me inquieto em saber se tudo isso de fato está servindo a nossa saúde integral ou está nos condicionando a procedimentos e medicamentos que estão mais interessados em salvar lucros de grupos empresariais do que a vida.

Esse papo rende. Bora ampliar essa visão da tecnologia a serviço do humano e da vida no planeta?

‍