A questão do feminino na gestão do lixo doméstico

A questão do feminino na gestão do lixo doméstico

Publicado em:
12/8/2021
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Na sua casa, como é feita a divisão de tarefas? Quem fica responsável pelos afazeres diários, administrativos e de cuidado com a família? Na maior parte das famílias brasileiras, a mulher é quem desempenha esse papel, além de, muitas vezes, também trabalhar fora.

Esse assunto não é novidade, e precisa ser melhor debatido para que consigamos alcançar uma mudança na estrutura social, e assim, alcançarmos algum avanço nas pautas ambientais. Por isso, a sustentabilidade não pode ser apenas um assunto feminino em uma sociedade que é composta por seres tão diversos. 

Nós ainda vivemos em uma sociedade patriarcal, o que significa que enquanto homens são maioria nos cargos de empresas, o trabalho doméstico fica resguardado às mulheres sem que haja uma divisão, embora, muitas trabalhem fora também. A maior parte das mulheres tem rotina dupla ou tripla, o que significa que para muitas, o trabalho não acaba no local de serviço e, em muitos casos, ela também é a chefe da família. Ou seja, a administração da casa fica por conta total dela.

Então, quando falamos de práticas sustentáveis, significa mais um trabalho para essa mulher. Desde separar o lixo até repensar pequenas atitudes no dia a dia que não são complicadas mas que poderiam trazer algum resultado benéfico ao meio ambiente. Porém, se dentro de uma casa onde vivem pessoas que poderiam também fazer parte dessa mudança, por que ainda fica a cargo apenas da mulher fazer isso na maioria das vezes? Quando olhamos para o caso dos recicladores de alumínio, por exemplo, mulheres compõem o maior número e são as que mais geram renda em casa através da reciclagem. E pra além disso, em sua maioria, também são as chefes de casa e responsáveis pela manutenção. Ou seja, é um trabalho interminável.

Onde estão os homens nesse cenário e por que ainda há tanta resistência?

O fato mais importante dessa história é que apesar de estarmos evoluindo nas gerações, alguns padrões determinantes ainda parecem estar muito fortes e que nos atrapalham enquanto sociedade no processo de evolução e resposta aos problemas ambientais que já estamos vivemos e os que virão.

A sustentabilidade precisa ser praticada por todos ou então não conseguiremos alcançar o nosso propósito de mudança socioambiental que tanto precisamos, e para isso, homens também precisam participar. Seja em casa ou fora dela!

Áury Flor
Por:
fundo
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Sobre o movimento

Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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